(Enviada por usuário anônimo):
Bem, nesse caso como ficaria "Faz a alteração". Não poderia transformar: eu desejo que tu faz a alteração... e aí? O que vejo que esse desdobramento de por outra oração pra justificar a presença do elemento sujeito foge da construção original e reformula a cláusula acrescentando nuances semânticas para justificar relações sintáticas de forma a fugir da produção real. Veja que o mecanismno não se encaixaria nessa conversão ideal para justificar o sujeito na oração....
Pergunta:
Gostaria de saber se há sujeito em orações imperativas. Se não há, então como devemos classificar sintaticamente o pronome na oração:
"Faça você a alteração."
- O sujeito da oração é *você.
Justificativa:
As frases verdadeiramente imperativas pertencem à modalidade deôntica, ao sentido de ordem. Para reconhecer o sujeito de uma frase imperativa, onde existe o sentido de 'ordem', transforme-a numa conjuntiva (use a conjunção):
«Eu ordeno que você faça a alteração!»
Assim sendo, a imperativa transformou-se num período de duas orações:
(1) Eu ordeno (or.principal)
(2) que você faça a alteração (or. subord. subj. obj. direta)
O verbo fazer, na flexão 'faça', tem como sujeito o pronome 'você'. Portanto, 'você' é o sujeito da frase imperativa.
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Comentários
Fazendo a mudança de:
«Faz a alteração» para «Eu desejo que tu faças...», eu passo a frase do modo imperativo para o subjuntivo (aqui, causou uma nuance semântica pelo uso da palavra 'desejo', de ordem da polidez, somente; não de sentido).
Se usarmos o termo 'ordeno':
«Faz a alteração!» para «Eu ordeno que tu faças a alteração!»
Nao vejo fuga da produção real.. - estou deixando de ver alguma coisa?
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